Foto: Beto Albert (Diário)
Desde a última quinta-feira (25), a BaroClima Meteorologia e o Grupo Diário já vinham alertando para o risco de chuvas excessivas nesta semana. No final de semana, os alertas se intensificaram. E, infelizmente, a enxurrada e os fortes estragos acabaram se confirmando, provocando uma morte na região e outras quatro no Estado. Ou seja, não foi por falta de aviso.
Porém, mesmo assim, enquanto a chuva não vinha, era difícil acreditar que seria tão forte como foi na segunda (29) e terça (30).
Ninguém conseguia entender como a chuva seguia horas e horas a fio, com volume tão intenso. De tempos em tempos, até havia alguma redução da intensidade ou alguma trégua temporária.
Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima, o motivo de a frente fria não avançar para Santa Catarina em direção ao Sudeste foi um bloqueio atmosférico. Com isso, a umidade que descia da Amazônia, passando por Bolívia, Paraguai e Argentina, seguia vindo direto ao Rio Grande do Sul e alimentando as nuvens de chuva, que permanecia por horas e horas sob as regiões Central, do Vale do Taquari, Serra e Região Metropolitana ontem.
Imagens de radar meteorológico
As imagens do radar meteorológico da Redemet, da Aeronáutica, da noite de segunda e de ontem à tarde, mostravam as chuvas estacionadas sobre o Rio Grande do Sul. Nesta terça (30), ao longo do dia, as nuvens carregadas se formavam perto de Alegrete e iam ganhando força em direção a Santa Maria e ao resto do Estado, ampliando-se em direção a Caxias, Porto Alegre e a Lagoa dos Patos. Em Uruguaiana, não teve chuvas, assim como de Cruz Alta em direção a todo o Norte e Noroeste do Estado.
